Funerais

Os funerais são momentos de dor e apreensão que tocam as famílias. A Comunidade cristã deve estar solidária e manifestar a sua comunhão com todas as famílias em luto.

Infelizmente a forma quase de «linha de montagem» em que decorrem os funerais em S. José, não permite este acompanhamento personalizado já que todos os dias há vários  funerais.

Todo o contacto é feito com a funerária que não nos sabe dar indicações da vivência da família. Todas as pessoas que pedem um funeral cristão, desde que sejam batizadas, têm direito ao mesmo tratamento de respeito e à oração da Igreja.

Mas como é sabido, nem todos vivem com a mesma fé e a mesma esperança, coisa que devemos respeitar. Por isso, existem famílias que pedem só uma celebração da Palavra, outras que pedem missa e outras que nem uma coisa nem outra, apenas depositar o corpo na casa funerária. O tratamento igual para situações diferentes é uma desigualdade. Acontece que há famílias que não têm qualquer prática religiosa e o defunto também não tinha, mas depois querem missa, porque é o termo que empregam para tudo o que é religioso. Se lhes perguntam o que desejam, dizem «missa» porque não têm outra palavra para uma celebração religiosa. As funerárias dizem que eles pediram missa e fazemos-lhes a vontade, mas depois ninguém responde e o padre percebe que está a celebrar para quem não sabe o que está a fazer. Neste caso, não é a missa a celebração que se está ali a fazer, mas quase obrigamos o defunto que nunca foi à missa a ter que ir agora quando já não pode dizer que não quer ir.

Por isso, doravante, o normal será a celebração da palavra bem preparada e que pode ser feita na capela funerária, a celebração mais adequada para aquela família, mas uma celebração das exéquias bem preparada, onde se anuncie à família a esperança cristã e se lhe transmita o consolo da oração da comunidade. 

A missa justifica-se sempre que o defunto foi e viveu como crente participando habitualmente na Eucaristia ou, mesmo que o não tenha feito, a família é crente e quer viver este momento na fé e na esperança em Deus. Os sacramentos são para os vivos mas, no caso da Eucaristia, pode ser também oferecida em sufrágio dos que morreram. Por isso, mesmo que o defunto não tenha sido crente, mas a família o seja, a participação na Eucaristia pode ser um consolo espiritual para a família.

A Eucaristia é sempre celebrada na igreja, enquanto a celebração da Palavra pode ser nas capelas funerárias e também pode ser na igreja se for muita gente.

Assim, sempre que a funerária nos contactar depreenderemos que é funeral cristão com celebração litúrgica da Palavra. 

Para a missa é conveniente que seja a família a contactar o pároco ou o vigário paroquial. Pode fazê-lo inclusivamente pelo telemóvel.